quarta-feira, 26 de março de 2014

     Eu sempre soube que construir era mais difícil que demolir, só não imaginava que seria tão difícil assim reconstruir. E isto abrange todos os assuntos: material, físico, emocional, um pensamento... Tudo é muito difícil de se modificar, de se reconstruir, pois para isto, é necessário derrubar os “conceitos” já existentes e então, a partir dai, reconstruir o que se deseja.

     Sempre tive a certeza de que com o “coração” não se deve brincar, em hipótese alguma. Mas quando isto acontece – mesmo sabendo que não se deve acontecer – é preciso reconstruir o que se foi demolido, formatar e realinhar os pensamentos para que tudo volte a sua perfeita ordem. Mas até que se chegue a esta tal “perfeita ordem”, leva-se um certo tempo. Doí, machuca, pensamos até que não vamos aguentar. É um período muito doloroso e um processo extremamente delicado que requer de nós todo o mínimo cuidados e a atenção do médico especialista em feridas de “amor”: O tempo.

     É difícil? É! Mas passa, com calma tudo se ajeita, sempre. E daí a gente acaba aceitando o que é para ser aceito; o fim.
Quando o fim, então chega não adianta correr porque ele tem passadas longas e ao contrario da mentira, tem grandes pernas, que ajudam a facilmente nos alcançar. Então, tudo que precisamos é acreditar e confiar que tudo, uma hora vai se ajeitar e o mar vai acalmar-se. Tudo volta ao normal, por mais demorado que seja, tudo sempre volta ao normal.

     E simplesmente escrever cartas de despedidas e de felicitações aos que se vão, não é o que basta; deve-se ir além. Tem que se tirar, arrancar de dentro de nós todo sentimento que nos remete a estas dores infernais que nos assombram. Sempre ao meio-dia ou nos fins de tarde, chuvosos, ou não.
    
     Para ser feliz basta apenas querer. Sem mais intenções, sem mais delongas... Só é feliz quem decide ser! É simples assim. Pois tudo na vida é uma questão de decisão.

     Hoje eu vejo, quantas dias eu vivi, tantas coisas eu passei, tantas pessoas foram ficando a beira do caminho, tantos “amigos”, tantos gostos, tantas alegrias mal sentidas, tantas histórias não vividas, tantos choros não expostos... É assim! E por tudo isto eu passei e sobrevivi, tudo isto e muito mais!

     Então porque se entregar assim do nada, por nada? A vida é tão rara, tão fácil, tão doce. Porque não vive-la? Porque não reconstruir, formatar e realinhar os pensamentos?
     Quem decide nossas vidas somos nós mesmos! Quem escolhe que rumo nossa vida deve tomar somos nós.
Ninguém é e pode ser responsabilizado por  nossos atos, nunca. A culpa, ou o agradecimento deve ser todo nosso, sempre. Nós somos os únicos que podemos mudar o nosso futuro, nossa vida. 

     Baseando-se no presente, conseguimos vê o nosso amanhã. É inevitável! Nós fazemos as escolhas e as escolhas fazem o nosso futuro.
    
      E apesar de tudo, apesar dos pesares, eu não quero que a minha vida acabe em um botequim mal cheiroso da esquina de um morro, rodeada por garrafas de uísque e vinho, com a corpo cheio de feridas, sem ter forças para lutar pela vida, e nem forças para lutar por mim mesma. Não quero ter que me olhar no espelho e não conseguir me enxergar, pois estarei tomada por feridas emocionais que nem o tempo foi capaz de sanar. Não quero ser na vida de ninguém motivo de desgosto e pena. Quero ter dignidade! 

Quero ser o contrario disso tudo.

     Quero esquecer as dores do passado, as mazelas do coração, liberar quem se deve ser liberado. Quero ser feliz! 


“Pois como imaginas a tua alma, assim o és!



02:26 pm
27 de junho de 2013
Aracaju/SE – Bella Vida Club
Esiely Lima. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário